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Entrevista com Heidegger

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Aichhorn, August (1878-1949)

psicanalista austríaco
Nascido em Viena*, August Aichhorn era
filho de um banqueiro cristão e socialista. Estudou
construção mecânica, que abandonou para
ser professor primário e consagrar-se à pedagogia
e aos problemas da delinqüência infantil
e juvenil. Em 1918, tornou-se diretor da instituição
de Ober-Hollabrunn, situada a noroeste
de Viena, e em 1920 de outra, antes de trabalhar
com a municipalidade da cidade. Analisado por
Paul Federn*, aderiu à Wiener Psychoanalytische
Vereinigung (WPV) em 1922 e formou
um pequeno círculo de estudos sobre a delinqüência
com Siegfried Bernfeld* e Wilhelm
(Willi) Hoffer (1897-1967).
Personagem não-conformista, corpulento,
sempre vestido de preto, uma piteira nos lábios,
tinha tal respeito por Sigmund Freud* que nunca
ousava tomar a palavra nas reuniões da WPV.
Durante longos anos, ninguém suspeitou de que
estava apaixonado por Anna Freud, filha do
mestre. Só revelou a esta o seu segredo às
vésperas de sua morte. De qualquer forma, foi
graças a ele que, durante sua juventude em
Viena, ela descobriu o mundo dos marginais e
dos excluídos.
Em 1925, publicou um livro pioneiro sobre
adolescentes, Juventude abandonada, para o
qual Freud redigiu um prefácio em que se lê: “A
criança se tornou o objeto principal da pesquisa
psicanalítica. Tomou assim o lugar do neurótico,
primeiro objeto dessa pesquisa.” Aichhorn
mostrava que o comportamento anti-social era
análogo aos sintomas neuróticos e situava suas
causas primeiras em “laços libidinais anormais”
da primeira infância. Militava pela utilização,
por parte dos educadores, da técnica
psicanalítica*, defendendo a idéia de que o pedagogo
podia tornar-se, para a criança, um pai
substituto, no seio de uma transferência* positiva.
Em 1932, aposentou-se para trabalhar particularmente.
Em 1938, não deixou Viena, como
a maioria dos colegas, porque seu filho fora
preso pelos nazistas e deportado como prisioneiro
político para o campo de concentração de
Dachau.
Foi por essa razão que aceitou dirigir, entre
1938 e 1944, como “psicólogo clínico”, a formação
psicanalítica do Instituto Alemão de Pesquisas
Psicológicas e Psicoterapêuticas de Berlim,
criado por Matthias Heinrich Göring*. Depois
da Segunda Guerra Mundial, participou,
com a ajuda de Anna Freud, da reconstrução da
WPV e foi nomeado diretor do International
Journal of Psycho-Analysis* (IJP).
• August Aichhorn, Jeunesse à l’abandon (Viena,
1925), Toulouse, Privat, 1973 • Sigmund Freud, “Prefácio
a Juventude abandonada, de Aichhorn” (1925),
ESB, XIX, 341-8; GW, XIV, 565-7; SE, XIX, 273-5; OC,
XVII, 161-3 • Kurt Eissler, “August Aichhorn: a biographical
outline”, in Searchlights on Delinquency, New
Psychoanalytic Studies, N. York, International Universities
Press, IX-XIII • Geoffrey Cocks, La Psychothérapie
sous le IIIe Reich (1985), Paris, Les Belles Lettres,
1987 • Élisabeth Young-Bruehl, Anna Freud: uma biografia
(1988), Rio de Janeiro, Imago, 1992.
➢ ALEMANHA; ANNAFREUDISMO; NAZISMO; PSICANÁLISE
DE CRIANÇAS; SOCIEDADE PSICOLÓGICA
DAS QUARTAS-FEIRAS.